Eai gente. Não consegui escrever ontem. Por isso, a postagem tá sendo Domingo, mesmo. Por conta do curso eu tive que dar uma pausa no livro que eu estava lendo no momento, Minha Julieta, que vai ter postagem em breve, pra ler:
Sonetos de Shakespeare. Então, vamos:
O que é um soneto?
Poema de 14 versos, dividido em dois quartetos, estrofes com quatro versos, e dois tercetos, estrofes com três versos. Eles também são métricos e rimados, divididos em: Decassílabos, contém dez sílabas métricas, e alexandrinos, doze sílabas métricas.
Voltando ao livro... A edição que eu comprei tem todos os 154 sonetos que Shakespeare escreveu e um apêndice, ambos publicados pela primeira vez na primavera de 1640. Obviamente eu não vou falar de todos, mas alguns que eu mais gostei.
Basicamente eles foram escritos no período elizabetano, entre 1593 e 1600, e são uma das mais belas e renomadas obras inglesa.
Os temas principais abordados são: Amor, ciúme, morte, mistério e outros que são facilmente reconhecidos na vida de qualquer um. (Isso explica porque mesmo após séculos ele continua sendo um autor tão reconhecido.)
OBS: Os sonetos seguem uma enumeração feita em algarismos romanos.
VIII
Porque é que não te agrada a música? O suave
Com o suave condiz; com alegria, a alegria.
Porque gostas de ouvir o que a tristeza trave?
Porque te afazes tanto e tanto a essa agonia?
Se a delícia dos sons, unidos, afinados,
Consorciados, portanto. o teu ouvido ofende.
É porque eles, assim. sendo em si concertados,
Aos dotes se te opõem e à solidão que os prende.
Nota como, casada uma com outra corda,
Todas em pleno acordo a soarem no instrumento,
São qual feliz família, onde cada um transborda.
O anseio da união, fértil sempre de alento.
A música do lar, de mudos cantos feita,
Por seres tu solteiro, es que não se deleita.
XIII
Fôsseis vós sempre vós, amor! Mas certamente
Continuareis, assim, como viveis agora,
Se ao fim que vos espera, opuserdes, prudente,
Vosso ser a outros dado e ovante vida em fora.
A beleza invulgar que possuis, dilatada,
Há de vos refletir na vossa descendência,
Até após vossa morte, enquanto conservada
For nós a quem hajais herdado forma e essência.
Quem poderá deixar que decaia e que suma
Sua família, uma vez que a possa tornar forte
Contra a fúria tenaz do inverno, que a alma abruma,
E a assolação do frio eviterno da morte?
Só o desidioso, amor. Fazeis, pois que sou filho,
Que de pai vos aureolo o glorioso brilho.
(Sonetos tirados do livro: Sonetos- William Shakespeare; Tradução: Jerônimo de Aquino; Editora: Martin Claret)
Sobre o autor:
Como todo mundo sabe, ele escreveu Romeu e Julieta... Eu não vou ficar enrolando muito. Por tanto, segue um link pra wikipédia, caso vocês queiram saber mais sobre,
clique aqui.
Caso, ao invés de comprar o livro você prefira ler online, tem uma tradutora que disponibilizou o livro online em seu blog,
154 sonetos.
Bom, isso é tudo por hoje pessoas. Já adianto que tem resenhas ainda por vir e outros post sobre v
iagens. Ah! Também tem uma ideia pra
páscoa que eu tô pensando em fazer, mas não sei se vou de fato ou só posta-la pra vocês como no ano passado.
Vlw g@lera!!!